terça-feira, 30 de setembro de 2008

Crevatolf - Cap. 15

Naquela noite, resolvi tentar um encanto de detecção de magia. - Contou Bea.

Pedi a Trestede que me ajudasse e, assim que o sol se escondeu, fui até nossas reservas de ingredientes mágicos. Abri o tonel de luz, o elemento mais necessário para magias desse tipo e, para minha surpresa, ele estava quase vazio. Havia tão pouca luz lá dentro quanto na noite que nos cercava.

Aquilo me assustou. Corri para os outros tonéis. O de desejo ainda estava cheio, até o tampo, mas o de tempo também estava quase no final.

Trestede quis reunir imediatamente os mágicos, mas eu preferi conversar com Prosfrus e Gabel, primeiro. Queria incluir Prosfrus para melhorar o mal-estar da tarde.

Sentamo-nos em volta de uma fogueira e tentamos pensar.

- Há um sabotador... - sugeriu Trestede.

Prosfrus se inquietou:

- Conhecemos essas pessoas há muito tempo...

- Também conhecíamos os humanos... - reagiu Trestede. Prosfrus se calou.

Mas Gabel (eu ainda não sabia de seus sonhos) tinha outra teoria:

- Alguém pode estar influenciando, corrompendo nossos aliados.

- Quem? - perguntou Trestede. - E como?

- A Morte? Através dos sonhos? - Gabel respondeu, inseguro.

- Você acha que a Morte está tentando fazer o mesmo que Los? - perguntou Prosfrus.

- Vamos com calma... - interveio Trestede. - A Morte não tem interesse em outro reino, ela tem o reino dela...

A discussão se acirrou. Eu coloquei panos quentes, desviando o assunto para o roubo de suprimentos. Agora sei que deveria ter prestado mais atenção. Mas, naquele dia, achei que Gabel se deixara levar pela imaginação.

Nenhum comentário: