O bilheteiro do circo indicou o cartomante a Vargas. O detetive ainda não sabia seu verdadeiro nome, então perguntou por Lord Morfetus. A tenda do circo já havia sido desmontada. Eles se preparavam para mudar de cidade.
Encontrou o vidente em uma longa túnica, atrás da pequena tenda com a placa que indicava seu nome artístico. Ele mexia na traseira de uma caminhonete que tinha o nome do circo estampado nas laterais.
- Lorde Morfetus? - Perguntou, se sentindo um pouco bobo.
O homem olhou para ele com ar desconfiado, enquanto examinava a credencial que Vargas lhe estendia.
- Eu gostaria de conversar sobre a morte de seu filho, por um instante. - Falou, tentando passar tranqüilidade no tom de voz. Estava, agora, próximo ao velho homem, entre a caminhonete e a tenda. Ouviu a lona mover-se e virou.
Um grande gorila saia da tenda.
Instintivamente, sacou a arma, protegendo com o corpo o vidente. Mas o gorila arregalou os olhos, levantou os braços e fez um sinal de 'pare' para Vargas. Devagar, levou as mãos ao pescoço e retirou a máscara.
Era Adriano Kramer. Reconheceu-o imediatamente.
Então sentiu a navalha em seu pescoço.
- Deixa meu filho em paz! - rosnou o velho, e o sangue escapou com abundância pela garganta de Vargas.
terça-feira, 18 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário