quarta-feira, 25 de junho de 2008

Borboreal - Cap. 8

Era uma vez, num reino distante, um rei que queria que a mágica fosse abundante, para que ele a pudesse distribuir livremente...

Eram poucos os habitantes do reino que conseguiam manipular os elementos que constituem as mágicas. Sabia-se que eram apenas três, esses elementos: a luz, o tempo e o desejo.

Esses poucos habitantes tinham a magia a dispor de seu caráter e, com isso, muitos não-magicistas eram oprimidos.

O caso é que havia pouca luz, pouco tempo e pouco desejo no reino que fossem facilmente manipuláveis e a rainha, uma grande magicista, tinha dificuldade de conseguir armazenar mais do que alguns punhados por ano.

Então o rei soube que havia um modo de inundar seu reino de luz, tempo e desejo - o que faria dele o mais generoso dos reis. E ele se dispôs a enfrentar as barreiras para ter total controle sobre a quantidade de elementos mágicos que poderia oferecer a quem quisesse.

O rei, com auxílio da rainha, descobriu que quem atravessasse os três portões elementais seria capaz de manipular a luz, o tempo e o desejo como quem tira água e sal do mar: com abundância e facilidade, à disposição.

Assim, o rei estudou e estudou e descobriu a localização dos três portões e, depois de alguns anos, partiu, mas não em comitiva. Saiu só, no começo da manhã (antes mesmo do sol se mostrar) em busca do primeiro portão.

Ele se despediu de sua filha Bea, que tinha dois anos nessa época e amou a rainha, deixando em seu ventre a semente que, algum tempo depois, se tornaria você, Majestade.

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