Passaram-se vários minutos até alguém atender a porta da casa dos Gaviões. Quando ela enfim se abriu, não mais do que uma brecha, revelou um homem com cabelos brancos e rugas, que aparentava ser muito mais velho do que os 48 anos que tinha.
Ele olhou o grupo com cuidado. Certamente se lembrava do delegado, mas não conhecia os dois jovens. Olhou para trás e por um instante, pareceu que ia gritar para dentro, mas desistiu. Procurou-me, com os olhos, mas eu já estava dentro da casa, bem escondida para ouvir a conversa sem ser vista.
- Enfim, descobriu, não é? Posso parar com a farsa?
O delegado não entendeu completamente o que acontecia, mas concordou com a cabeça. Pediu que Sebastian os deixasse entrar. O homem escancarou a porta e deu passagem àquela comitiva.
- Onde está sua mãe, Sebastian?
Ele pareceu se surpreender. Seu olhar dizia: então vocês não sabem de nada...
- Ela morreu, senhor delegado. - Ele respondeu. Parecia cansado de mentir. - Ela foi a primeira vítima...
- Ok, Senhor Gavião, - intrometeu-se Ricardo - por que você não nos conta tudo, desde o início?
Sentaram-se, na sala, e eu fiquei no quarto, junto com o cadáver ressequido de Helena Gavião que jazia na cama.
- Posso tentar, - Disse a voz cansada. - mas é tudo tão antigo...
segunda-feira, 9 de junho de 2008
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